O contato com animais pode reduzir a ansiedade social de crianças com Transtorno do Espectro Autista

Quando há animais presentes, crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm leituras mais baixas em um dispositivo que detecta ansiedade e outras formas de excitação social ao interagir com outras pessoas.

De acordo com um estudo realizado pelos Institutos Nacionais da Saúde (NIH), nos Estados Unidos, a companhia de animais como cães e gatos podem ser um grande auxílio em programas de tratamento feitos para ajudar crianças diagnosticadas com autismo a melhorar as suas habilidades e interações sociais com outras pessoas.

“Estudos anteriores sugerem que, na presença de animais de estimação, as crianças com Transtorno do Espectro Autista se saem melhor socialmente, ” disse James Griffin, Ph.D. da Filial de Desenvolvimento Infantil e Comportamento do NIH. “O estudo oferece evidências fisiológicas que a proximidade com animais reduz o stress que crianças com autismo podem enfrentar em situações sociais. ”

Esses estudos feitos por uma parceria pública-privada entre a NICHD e a WALTHAM Centre for Pet Nutrition tem como objetivo oferecer informações relevantes sobre o desenvolvimento infantil, saúde e o uso terapêutico de animais.

O Transtorno do Espectro Autista afeta a estrutura e funcionamento do cérebro e sistema nervoso, fazendo com que pessoas com esta condição tenham mais dificuldade para se comunicar e interagir com outras pessoas.

O estudo realizado com um total de 114 crianças mediu a condutância da sua pele durante a realização de atividades como leitura e brincadeiras. Em um momento as crianças tiveram a oportunidade de brincar com porquinhos-da-índia – os animais foram escolhidos por serem pequenos e dóceis, sendo fáceis de lidar em uma sala de aula.

Foi notado que na maioria das atividades que exigiam contato social, as crianças com Transtorno do Espectro Autista ficavam mais ansiosas do que as outras. Quando foi realizada a sessão com os porquinhos-da-índia, essa ansiedade caiu de forma significativa. Os pesquisadores acreditam que isso ocorreu pelo fato dos bichinhos oferecerem aceitação incondicional, fazendo com que as crianças se sintam mais seguras.

Estudos anteriores já mostravam que crianças com Transtorno do Espectro Autista se mostravam menos propensas a desistir de situações sociais quando havia animais por perto.

Isso mostra o quanto a presença de um bichinho pode auxiliar as crianças em vários aspectos. E não só as crianças. Já é comprovado que eles podem trazer vários benefícios para a vida das pessoas em qualquer idade. O importante é a criação de um ambiente saudável onde todos possam conviver com tranquilidade.

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